terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Não gosto de maçãs



Ontem, deixei o forno aberto (tinha acabado de cozinhar salmão "ao sal") para aquecer o resto da casa (é a crise!). Luz da cozinha apagada (é a crise!). Fui à cozinha duas vezes e bati com a perna, duas vezes, na porta do forno.


Hoje, já bati com a mesma perna numa cadeira...


Tenho ali umas maçãs há não sei quanto tempo, se não as asso, vão-se estragar...



isto, hoje, só porque não queria escrever que passei aquele minuto, em que não te conseguia ver, a olhar para as tuas mãos...



E a crise, hein?, que dizem não passar tão cedo!



6 comentários:

Anónimo disse...

sabes o teu post faz-me lembrar o conto do bucay, aquele que costumo contar: o cemitério de crianças.
tantas horas que o dia tem e é esse minusculo minuto que nos fica. para bem e para mal.
no fim, somados todos são breves momentos. mas já viste se nem esses tivessemos, ainda que tão breves?
ainda bem que tiveste esse minuto. pois nestas 24 horas, é o único tempo que vais somar porque as maçãs apodrecendo ou não e as marcas da perna irão diluir-se no esquecimento que o tempo veste.
cassamia

Anónimo disse...

fabuloso Maria!!!! comentário fabuloso e muito muito sábio! adorei!!

Anónimo disse...

mas não podia deixar de dizer que me fizeste rir, um verdadeiro lóli!! salmão ao sal e maçã assada, ah! ah!ah! num podia estar melhor!! a crise apesar de instalada, e com vontade de ficar, apura-nos o humor! porque esse nunca entra em crise!! olé!! ps. quanto às mãos, nada tenho a dizer! já FOI tudo dito!!

Rato disse...

nonsense, deixei-te uma nomeação e um desafio na minha toca. encara-o como um elogio
(isto é uma mensagem tipo)

BOLG disse...

Cap. um. "Ontem"


O pote de barro (Ikea, coisa fina, não é desses das feiras) já tresanda da chanfana e não há meio de passar o bafio. Pu-lo no forno a ver se derrete ou queima os restos de gordura incrustada. Na sala está um cheiro indistinto a fruta podre. Uma tangerina ou talvez uma maçã. Mas tenho preguiça de ir lá. Acendo um incenso em vez. Aliás hoje, ao almoço, quando abri a porta havia um fedor a tabaco na casa. Não é bem tabaco. É pó, e cheiro de casa fechada, com tabaco á mistura. Ainda no Domingo passei tudo a pano e aspirei. Não há pachorra. Vou viver para um hotel... "I wish...". Nunca na vida. De qualquer modo gostei do guisado de peixe da véspera. Os cheiros incomodam mas desaparecem em segundos. São só impactos. Menos o pote. Chanfana é boa, mas precisa de uma propriedade rural...
Á noite só me cheirava a strogonoff. Delicioso. Mas de repente, ao jantar doeu-me, repentinamente, imensamente, a cabeça. Tipo um torno a apertar, apertar, apertar. Lembrei-me do outro. O do Judo. "- Ai que me doi a mona... eu vou já ali tomar um duche e piro-me. -" . E foi-se.
De repente a casa já não me cheira a nada. Nada de mau.
E a ti como te correu o dia?

Cap. dois "Amanhã"

Que alegre anda o tráfego aéreo...

nonsense disse...

Muito bem...assei as maçãs!!!! :)