quinta-feira, 3 de abril de 2008

alienação, vai uma corridinha no tapete rolante e depois um xanax e assim???

ah e tal

o dia hoje esteve muito bonito e assim

algum vento de manhã mas de tarde uma caloraça que dentro de carros pretos era um sufoco tipo coiso

agora já está mais fresquito

diz que já na segunda as temperaturas baixam e pra não guardarmos a roupa quente e tal
tá e...as estações do ano andam todas trocadas...é do aquecimento..coiso...e assim

pois

ontem também esteve bom, menos calor mas também muito agradável

as noites é que já são mais frias




Pronto, isto foi da minha cabeça, agora vamos ao que de também interessante tem esta para dizer:


A BESTA ADORMECIDA

Sob a influência da leitura de «Monsieur Gurdjieff», de Louis Pauwels

A neurose ou habitat neurótico

Alienado às forças que o manejam, comandado por causas que desconhece, mistificado por mitos que inconsciente ou involuntariamente alimenta e coadjuva, o homem das sociedades industriais (a leste e a oeste, capitalistas e socialistas), por muitos desportos que pratique, por muitas olimpíadas em que participe, por muita tecnologia que o conforte e muitos ideais de propaganda que o embalem, por muitos governos que o sirvam mas que ele acaba por servir, é apenas um drogado, dormindo um interminável sono cataléptico, letárgico ou sonambúlico.

A máquina humana funciona apenas e sempre de meio para servir fins alheios, de objecto para uso dos que, em nome da pátria, do progresso, de deus, do partido, da classe, da liberdade, etc,. dele se servem.

Atrofiado ou hipertrofiado, conforme importa ou interessa às instituições que a usam, alienada a tudo o que a transforma de sujeito em mero objecto ou utensílio, a chamada «máquina humana» -- como dizem os cientistas da fisiologia!... -- que os humanistas designam de maravilhosa, é para cada indivíduo, à mercê de todos os «humanistas», apenas um pesadelo, uma doença, um fardo. O desporto -- mentira máxima dos humanistas -- não se destina a desenvolver a máquina e a coordenar-lhe harmoniosamente as funções mas apenas a fazer dela a máquina de competições» que sirva nas pistas e estádios + ou - olímpicos.

O desporto, no clima de alienação geral, é apenas uma fábrica de mitos com que se jugulam massas ou se estabelece competição de homem para homem, de região para região, de cidade para cidade, de país para país, de continente para continente.

O desporto é mais uma forma (uma força) de alienação, uma forma de distrair e adiar, de adiar e distrair, de tornar dóceis grandes massas humanas para os fins últimos que as potências se propõem, de as escravizar à vontade dos que (hipocritamente em nome delas) delas decidem.
O habitante das sociedades hiper (des)organizadas, dorme. Este sono, porém, não tem o carácter de um sono sadio e reparador (restaurador de energias) mas sim o carácter mórbido de uma intoxicação colectiva.

Karen Horney chamou-lhe a «personalidade neurótica do nosso tempo», mas não é necessário perfilhar a doutrina psicanalítica para reconhecer um estado ou clima geral para o qual os homens procuram remédio em (paradoxalmente) mil outras formas de sono, esquecimento ou intoxicação: álcool, drogas, estupefacientes, religiões, ópios -- eis os sonos a que recorre para não se lembrar que dorme. Ainda que inconsciente, o estado de alienação é para ele insuportável e procura derivativos, ersatzs que o adormeçam e entorpeçam mais profunda, mais completamente.

Neste contexto, se algum há com «forças para reagir» é ele afinal que adquire sintomas neuróticos. O que reage, por uma explosão ou descontrole de nervos, por uma revolta ou inconformismo sistemáticos, às condições mórbidas do ambiente, à sociedade doente, o que resiste e reage, é afinal o inadaptado.

O que surge nas clínicas para curar a sua «neurose» é efectivamente o amoral e às vezes o suicida, o que ainda possui demasiada saúde ou individualidade, o que procura «curas de sono» porque tem ainda consciência do sono colectivo. Para os que se julgam sãos, é ele o doente.

Mas para quem saiba que doente é a sociedade e doentes os que se incorporam nela sem desajustes e sem resistência e sem crítica e sem relutância -- facilmente se concluirá que os neuróticos ou normais são ainda, no meio da demência colectiva, os únicos sãos.

Pensaram alguns que, se na sociedade está a doença, ninguém individualmente poderá nada contra um estado de coisas colectivo. Freud e a psicanálise, Mesmer e o magnetismo animal, por exemplo, teriam sido tentativas, historicamente localizadas mas frustradas, de curar as neuroses individuais.

Pensaram outros, entretanto, que a político-terapia seria um caminho, porque só transformando politicamente as sociedades, o indivíduo poderá curar-se.

Até agora e entretanto, porém, as soluções políticas totalitárias assemelham-se muito àquela receita panglossiana que para curar a dor de cabeça manda cortá-la. Cortando o mal pela raiz, as soluções totalitárias teriam suposto que eliminavam o mal -- a neurose generalizada -- apenas porque eliminaram de facto o sujeito ou indivíduo. Se era isso o que se pretendia (o que vinte séculos de retórica humanista judaico-cristã pretenderam com a exaltação do indivíduo e da «pessoa humana») então já o conseguiram. E acabaram-se os problemas.

ya
gostei do coiso hummmmm, catalético, perdão, ca... (deixem-me ir lá cima ver dasss)cataléptico, é isso!, e letárgico...palavras difíceis que provam logo que somos mesmos inteligentes e assim! num é?

15 comentários:

Jonas disse...

Descansa, nonsense! Deves estar exausta!

BOLG disse...

Mas é que nem penses que vou ler isso tudo.

Rato disse...

nonsense, o texto parece-me equilibrado. Descontando a verborreia de quem faz das chamadas 'ciências sociais' modo de vida, é um texto que que me apetece subscrever.
Já a análise (constatação melhor dizendo) meteorológica, espero que não afecte o 'coiso'...

Kapikua disse...

tu tens uma pancadona impressionante, tip tás-a-ver...

Anónimo disse...

eu é que fumo e a ti é que bate, é uma injustiça tamanha este mundo

nonsense disse...

jonhe: tens sempre uma palavra amiga!duas não que já é pedir demais! eheheeh

bolg: eu queria que lessem e me expricassem...preguiçoso duma figa!

rato: ahahahahh, o coiso está demasiado afectado...tarde demais!

kapikua: tou, tou...tou a ver meu! tipo, se houvessem camisas de forças virtuais é já estava engaiolada num quarto de almofadado!! ;)

cassamia: é pra tu veres! imagina se fumasse! se calhar o efeito era inverso e até escrevia umas coisas com sentido...:)*

BOLG disse...

Duffy - Warwick Avenue...

Cura tudo.

African Queen disse...

Tu não andas nada bem, pois não? Tu deixa de ler essas tretas e vai mas para os copos.. olha que já nem me lembro de te ver... isto não é bom sinal!
:) Beijinhos

Anónimo disse...

já q num há nada de novo para ler, pois bem, bou a comentar!! rimi! isso é bom!!

nonsense disse...

queen: és berdad! mas sou como as andorinhas...bou à procura do quentinho...e tem estado frio e chuva e tal...coiso...mas acho q vamos ter um verão escaldante ahahhhaha

nonsense disse...

euzinha: rimi??? se dizes qué bom!!!!:)

Anónimo disse...

sim kirida! sabes q as tuas palavras alienadas são para moi méme, um burdadeiro xanaxi! são mts anos de galhofeira!!lol como eu te compreendo!!! arre! são mesmos muitos anos!! kirida, mais outros q tal e estás tu di robi e copo na mão a rodopiar pela casa, e o gato tb lá está! pa desgraça da minha eterna alergia felina!!!lol

nonsense disse...

euzinha: que final triste me auguras: robe e copo na mão! e o gato!!!!! ahahhahhha, nessa altura sou eu, uma garrafa na mão e vários gatos, que é muito mais degradante;)

nonsense disse...

bolg: onde desencantaste a artista...munito...

BOLG disse...

coool.

Basta ouvir um pouco a A3... mas não te deixes levar pelo hit: "Mercy"
...há melhor em Duffy.