sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

"O sentido mudo"


"Nada é mais memorável do que um cheiro(...)os cheiros detonam suavemente na nossa memória, como minas pungentes escondidas sob a capa de ervas daninhas de muitos anos de experiência. Basta tocar o rastilho de um cheiro, que se dá imediatamente uma explosão de recordações. Uma visão complexa salta da vegetação rasteira".


in "Uma história natural dos sentidos"


Confesso que quando iniciei a leitura deste livro e deparei com o olfacto logo pensei: hummmmm, começam pelo menos importante! ... se a ausência de um dos restantes sentidos pode ser extremamente incapacitadora, desta não direi o mesmo...Erro crasso!

Este sentido é o que me faz sentir com maior violência...



... O Verão da meninice pelo cheiro da terra quente molhada...


...A Infância pelo cheiro das bombocas, das bonecas de borracha...


... As Coisas contra as quais não podemos lutar pelo cheiro intenso de perfume de uma mulher que trabalhava numa Cerci...
...O Natal pelo cheiro dos pinheiros, do musgo, do nevoeiro...


... E o Teu Perfume por ser o Teu.

2 comentários:

Rato disse...

só agora estou a 'fuçar', :(
como é que se faz um boneco destes com cara de zangado? !!!!!!

nonsense disse...

Não sei...pq estás zangado?