Eternamente agora
Tive o ímpeto de declarar
Com tenuidade
Mas contive-me.
Nem tudo pode ser declarado…
Mesmo que camuflado entre as palavras.
Ele que me desvende.
Me descubra.
Me cubra.
Desvende todas minhas ruas
Enquanto tem acesso a elas…
Ele que tente.
Olhe através do véu.
Sinta minha essência.
Que me leve ao céu.
Perdoe a indecência.
Reconheça a inocência.
Descubra minhas mulheres…
O quão podem ser reles.
Que olhe meus cantos…
Pergunte dos meus sonhos.
Dos meus desejos reprimidos…
E pra que cada comprimido.
Porque choro escondido…
Que ele se aprofunde em mim.
Que ele me ame mesmo assim.
Que me queira de qualquer forma
E que sossegue comigo
Eternamente agora.
Pablo Neruda
8 comentários:
És tu que escolhes essas cores do texto e a dupla entrelinha?
nonsense, sem entrelinha e em preto e branco.
"O primeiro me chegou como quem vem do florista
Trouxe um bicho de pelúcia, trouxe um broche de ametista
Me contou suas viagens e as vantagens que ele tinha
Me mostrou o seu relógio, me chamava de rainha
Me encontrou tão desarmada que tocou meu coração
Mas não me negava nada, e assustada, eu disse não
O segundo me chegou como quem chega do bar
Trouxe um litro de aguardente tão amarga de tragar
Indagou o meu passado e cheirou minha comida
Vasculhou minha gaveta me chamava de perdida
Me encontrou tão desarmada que arranhou meu coração
Mas não me entregava nada, e assustada, eu disse não
O terceiro me chegou como quem chega do nada
Ele não me trouxe nada também nada perguntou
Mal sei como ele se chama mas entendo o que ele quer
Se deitou na minha cama e me chama de mulher
Foi chegando sorrateiro e antes que eu dissesse não
Se instalou feito um posseiro dentro do meu coração
Maria Bethânia, Teresinha.
depois das palavras do rato só me resta fazer uma coisa: calar-me.
(o neruda não podia ter tido melhor resposta)
cassamia, grato pelo teu amável comentário. ;)
COPY PASTE FEST:
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca quando me beija a boca
A minha pele toda fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo, ri do meu umbigo
E me crava os dentes
Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que me deixa maluca, quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casa
Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz.
Ah... é do Chico, como se não soubessem.
bolg, por acaso prefiro o poema cantado pela Maria Bethânia. Não é por nada, soa-me melhor! ;)
Bolg: sou sou! tenho muito jeito com a paleta, não tenho? :)-
cassamia: pensei que ias botar-me aqui um também, um de alguém ou um teu! :(
meninos: obrigada pelos dois poemas :))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
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